segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cerca de três milhões de mulheres deixaram de fumar, diz estudo


Hábito de fumar tem cedido lugar à preocupação com a saúde. Pesquisa foi feita durante uma década, com mulheres de nove capitais.

“Sofri uma ameaça de infarte e comecei a pensar nos meus filhos. Desde então, nunca mais fumei”. Foi assim que a sorocabana Selma Marciano Rodrigues, 57 anos, abandonou o cigarro, que a acompanhou por 20 anos.

Assim como ela, de 2002 ao primeiro trimestre de 2012, um número significativo de mulheres estão abandonando o vício de fumar. É o que revela a pesquisa “Mulheres e cigarro, retrato de um vício fora de moda” realizada pela empresa Quest Inteligência de Mercado.

A empresa entrevistou, durante 10 anos, 1.500 mulheres com 18 anos de idade ou mais, em nove capitais – São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). A margem de erro da pesquisa é de 2,6% para mais ou para menos.

O estudo mostra que, do começo da pesquisa até sua conclusão, a porcentagem de mulheres fumantes caiu de 21% para 18%, o que representa cerca de 3 milhões de pessoas que abandonaram o vício. “Apesar de fumar, não gostava do cheiro do cigarro e ficava imaginando o que as pessoas sentiam quando estavam ao meu lado, isso também ajudou a tomar esta decisão”, explica Selma, que afirma não se arrepender de abandonar o tabagismo.

A preocupação com a saúde e as campanhas que restringiram os locais nos quais a população pode fumar exerceram grande influência no público feminino: 89% das pesquisadas declararam que a proibição do fumo em locais públicos fechados foi boa para sua saúde e 11% afirmam que isso as fizeram reavaliar o vício. “O interessante é que as mulheres estão abandonando cada vez mais o vício e estes números poderão ser ainda mais expressivos no futuro”, declara Luís César Périssé, coordenador do levantamento.

As imagens de advertência inseridas obrigatoriamente nas embalagens de cigarro também influenciaram a percepção das fumantes sobre as consequências do vício no futuro. “Quem fuma deve pensar muito na sua saúde e daqueles que estão à sua volta. Agora você está saudável, mas no futuro isso será diferente. Prevenir ainda é o melhor remédio”, conclui Selma.

Fonte: G1 

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