quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Tabaco sem fumaça também causa câncer





O Globo Online
Versões para mascar, inalar ou em pó contém substância cancerígena, apontou estudo.

Cientistas identificaram a primeira substância cancerígena no tabaco sem fumaça — ou seja, para mascar, inalar ou em pó —, que é consumido por cerca de 9 milhões de usuários apenas nos Estados Unidos. A pesquisa foi divulgada no Encontro Nacional da Sociedade Americana Química, a maior sociedade científica do mundo. O evento, que termina nesta quinta-feira, conta com mais de 8.600 relatórios sobre novos desenvolvimentos da ciência.

— Este é o primeiro exemplo de uma substância cancerígena que está no tabaco sem fumaça — disse o pesquisador da da Universidade de Minnesota, Stephen Hecht, que liderou o estudo. — Nossos resultados são muito importantes no que diz respeito ao crescente uso de tabaco sem fumaça no mundo, especialmente entre os mais jovens que pensam que é uma forma mais segura de tabaco do que os cigarros.

Já estava sendo notado um aumento do risco de câncer de de boca, esôfago e pâncreas nos usuários de tabaco sem fumaça. Além disso, cientistas também já sabiam que estes indivíduos estavam expostos a uma variedade de substâncias cancerígenas e experimentavam danos em seu material genético. Mas até então, nenhuma substância nestes produtos tinha sido claramente apontada como responsável pelo desenvolvimento do câncer da boca.

A equipe de Hecht identificou o culpado: o (S)-NNN, da família dos compostos chamados nitrosaminas, entre os quais, a maioria é cancerígena. Nitrosaminas estão presentes em uma variedade de alimentos, desde cerveja a bacon, e também se formam naturalmente no estômago quando as pessoas ingerem alimentos com altos níveis de nitrito. Mas os níveis de nitrosaminas em tabaco sem fumaça são muito mais elevados do que na comida.

Para chegar ao resultado, ratos de laboratório receberam uma dose baixa de duas formas de NNN durante 17 meses. Uma substância, o (S)-NNN, levou a altas taxas de tumores orais e esofágicos nos ratos.

— As marcas mais populares de tabaco sem fumaça que são vendidos em os EUA têm níveis inaceitavelmente altos desta substância cancerígena em particular — explicou Hecht. — Obviamente, precisamos diminuir os níveis deste material em todos os produtos de tabaco sem fumaça ou eliminá-lo completamente.
Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

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