segunda-feira, 9 de julho de 2012

Saiba tudo sobre a gripe A (H1N1)

A gripe H1N1 - influenza A - ainda gera muitas dúvidas na população. E não é para menos. Em 2009, a pandemia mundial paralisou países, mobilizou governos e centros de controle de infecção de todo o mundo.Em 2010 e 2011, houve grande mobilização para a imunização contra o vírus H1N1 na tentativa de minimizar os riscos de uma nova crise na saúde mundial.Por isso, preparamos algumas perguntas, respostas e informações para ajudar a esclarecer as principais dúvidas em ralação à vacina.
  • O que é?

É uma doença causada por uma das mutações (geralmente H1N1) do vírus Influenza A. Portanto, é um vírus novo, com material genético desconhecido para o sistema imunológico das pessoas. Este novo vírus surgiu devido a uma grande variação antigênica do vírus Influenza.

Tal fenômeno acontece a intervalos irregulares que variam de 10 a 40 anos. É uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, que afetou todo o mundo rapidamente em 2009 porque as pessoas não tinham imunidade contra ele. A OMS fez alerta de pandemia (alerta epidemiológico nível 6) em 11/06/2009 pela gravidade da situação.
O relatório anunciou 17 mil mortes de norte-americanos, sendo 1800 crianças até agora. O CDC estima que 41 a 84 milhões de casos de H1N1 ocorreram entre abril de 2009 e 16 de janeiro de 2010. Já nos porcos, a doença é considerada endêmica nos Estados Unidos, e surtos ocorreram na América do Norte e do Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia.




  • Como ocorre?

O vírus se dissemina entre os porcos por aerosol da secreção respiratória destes pelo contato direto ou indireto. Eles podem ser infectados por vírus Influenza das aves, de humanos bem como de Influenza suíno. Os porcos podem ser infectados ao mesmo tempo por mais de um tipo de vírus, o que permite que estes se misturem. A infecção em humanos por Influenza suíno pode ocorrer em casos isolados ou surtos. Esta doença pode surgir após contato da pessoa sadia com porco infectado ou de pessoa sadia com pessoa infectada. No entanto, neste momento não há qualquer confirmacão de transmissão entre porcos e humanos.
Assim, como na gripe comum, o contágio entre as pessoas se dá através de secreções respiratórias como gotículas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Uma pessoa pode infectar outra desde um dia antes da doença aparecer até 7 dias (crianças até mais que isso) após sua resolução. Após contato com vírus, o indivíduo pode levar de 1 a 4 dias para começar a apresentar os sinais e sintomas da doença.
  • O que se sente?

Os sintomas lembram os sintomas da gripe. O individuo afetado pode ter início abrupto de febre alta associado à tosse, dores musculares e nas articulações (“juntas”), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vômitos e diarreia. A doença pode evoluir para falta de ar e insuficiência respiratória seguida de morte. Contudo, a grande maioria dos casos evolui espontaneamente para cura sem apresentar complicações.
  • Como se evita?

Estes casos de gripe suína podem ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, tem incidência maior no outono-inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos países vacinam rotineiramente as populações suínas contra este vírus.
Não há problemas em ingerir carne de porco ou produtos derivados dela (salame, por exemplo).
A doença não é contraída desta forma.
Para as pessoas que lidam diariamente com porcos, recomenda-se a prática de uma boa higiene, essencial sempre em todo contato com animais, especialmente durante abate, pós-abate e manuseio para prevenir exposição a estes agentes de doença. Animais doentes ou que tenham morrido de doença não devem ser processados nos abatedouros, e as autoridades competentes devem ser informadas sobre quaisquer eventos relevantes.
Para protecão pessoal devem ser utilizadas algumas medidas preventivas: 
evitar contato íntimo com pessoas que não estejam bem e que tenham febre ou tosse;
lavar as mãos com água e sabão frequentemente e quando necessário;
manter hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realizar atividades fisicas e manter sono adequado.

Se houver uma pessoa doente na mesma casa: 
deixar um aposento separado para o doente. Se isso não for possível, este deve manter-se a uma distância de 1 metro pelo menos dos outros;
deve-se cobrir boca e nariz ao entrar em contato com o doente. Máscaras podem ser usadas com esta finalidade e depois dispensadas;
lavagem de mãos após contato com o doente;
não compartilhar utensilios como copos, toalhas, alimentos ou objeto de uso pessoal;
deixar o local onde o doente está bem arejado. Deixar portas e janelas abertas para circular o ar;
manter os utensílios domésticos limpos;
O doente deverá também cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espirrar. A lavagem de mãos deve frequente e, principalmente, após tossir ou espirrar será importante para prevenir o contágio de outras pessoas. Por essa mesma razão, durante a doença, recomende familiares e amigos para que não visite o doente.

As pessoas devem se manter atualizadas sobre o problema através de boletins da OMS.
  • Como se trata?

A maioria dos casos de gripe suína se recuperam completamente da doença sem a necessidade de suporte hospitalar ou de antivirais. Alguns casos ocorridos nos Estados Unidos de gripe suína em humanos foram sensíveis ao uso de oseltamivir e zanamivir, mas, resistentes à amantadina e remantadina. Ou seja, estes últimos não foram eficazes. Entretanto, ainda não existem informações suficientes que recomendem o uso rotineiro de antivirais nos casos de gripe suína. Há relatos de depósitos destes antivirais pelo governo em caso de necessidade e vários laboratórios da Europa e da America do Norte têm permissão para produção de tais medicações. Existem relatos de sucesso usando oseltamivir em tempo hábil (dentro de 48h após início dos sintomas) mesmo em casos graves. O doente deverá ficar em casa, afastado do trabalho ou escola e evitar locais com acúmulo de pessoas durante a doença. Repouso e manter boa hidratacão também será importante durante sua recuperação.
  • Como o médico faz o diagnóstico?

A suspeita é feita naquelas pessoas com quadro de sinais e sintomas compatíveis. Nestes casos deverão serão coletados um aspirado nasofaríngeo através de kit específico disponíveis em locais que atendam casos suspeitos
  • Perguntas que você poderá fazer ao seu médico:

O que é uma transmissão sustentada entre humanos?
Qual a diferença entre caso provável e caso confirmado?
Podem ser realizadas duas vacinas injetáveis (por injeção) ao mesmo tempo? 

Perguntas e respostas sobre vacina contra a gripe H1N1

1. Para quem já tomou a vacina H1N1 e deseja tomar a da gripe comum, pode tomar a trivalente?

Sim, não há contraindicação.

2. Existe alguma contraindicação para quem está tomando outro medicamento?

Os pacientes que tomam medicação que altere a imunidade (como corticoides ou imunossupressores) podem não ter uma boa resposta com a vacina, mas não estão contraindicados para recebê-la.

3. Crianças devem tomar a vacina em uma ou duas doses?

Todas as crianças abaixo de nove anos de idade, que estejam tomando a vacina para Influenza A H1N1 pela primeira vez, devem receber duas doses com um mês de intervalo.

4. Como tomar a segunda dose da vacina se a mesma não está disponível atualmente?

Aguardamos a liberação das vacinas - que já foram adquiridas e que já estão no Brasil - pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ressaltamos que a aplicação da segunda dose da vacina, mesmo com um intervalo superior a um mês, deve ser realizada a fim de tornar efetiva a imunização contra a gripe.

5. A vacina pode ser aplicada independentemente da idade?

A vacina pode ser aplicada em crianças acima de 6 meses de idade.

6. Se a pessoa estiver gripada, ela poderá tomar a vacina?

Se a pessoa estiver sem febre, pode tomar a vacina.

7. Quem não pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?

Pessoas com doença febril aguda, pessoas com doença neurológica em atividade, ou aquelas com antecedentes de alergia grave a componentes do ovo, ao timerosal (Merthiolate®) e à neomicina.
Nos casos de doença febril aguda, passada esta fase, a vacina poderá ser administrada normalmente.

8. Quem está grávida pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?

Sim. Conforme orientação do Ministério da Saúde, publicada em nota técnica de Nº 05/2010, que descreve a estratégia de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), as gestantes, por constituírem um grupo de alto risco para complicações graves, devem ser vacinadas, independente da sua idade gestacional. Recomenda-se aconselhamento prévio com o seu obstetra.

9. E quem amamenta pode tomar a vacina contra a Gripe A (H1N1)?

Quem amamenta pode tomar a vacina. Não existem contraindicações formais para a administração da vacina em mulheres que se encontrem amamentando.

10. Existe alguma precaução para se tomar a vacina?

A principal contraindicação é alergia grave a ovo.

11. Existe algum efeito colateral?

Os efeitos colaterais mais comuns são: dor local, febre baixa e mal-estar nas primeiras 48 horas após a aplicação.

12. Existe a vacina da gripe comum separada da H1N1 conjugada?

A vacina das clínicas particulares é trivalente, ou seja, tem a da influenza H1N1 associada a duas para influenza sazonais (H3N2 e B).

13. É necessário deixar o nome em uma lista de espera para se obter a vacina?

Não. As vacinas serão disponibilizadas conforme a procura.

14. Qualquer pessoa pode tomar a vacina H1N1?

Sim, desde que tenha mais de seis meses de idade e não haja contraindicação.

15. Qual é a origem dessa vacina?

A vacina que o Hospital Israelita Albert Einstein disponibiliza aos pacientes é de origem francesa, do laboratório SanofiPasteur.

16. O vírus da vacina está morto? Ela pode provocar a Gripe A (H1N1)?

A vacina é produzida por vírus inativados (vírus mortos e fracionados). Não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina.

17. A vacina contra a Gripe A (H1N1) tem efeito imediato?

A proteção começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano.

18. O hospital pode avisar aos clientes quando a vacina estiver disponível?

Infelizmente, por limitações operacionais, não há como viabilizarmos esta ação.

19. As vacinas que chegarão nesse segundo lote são iguais às do primeiro lote?

Sim, são da mesma composição, apenas de laboratórios diferentes.

20. A vacina chegará a todas as unidades na mesma data?

Sim.

21. Por quanto tempo a pessoa que tomar a vacina estará imune?

Em média, por um ano.

22. É necessário agendar para tomar a vacina?

Não, basta dirigir-se a uma das unidades do Centro de Imunizações.

23. Haverá reserva para clientes do hospital que apresentam doença crônica?

Infelizmente não há como viabilizarmos esta ação.



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