sexta-feira, 20 de julho de 2012

Risco de câncer de boca é maior em fumantes e alcoólatras


O especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Eder Magno Ferreira de Oliveira, faz alerta à população sobre o risco eminente do câncer de boca.

Oliveira participou, no último mês de junho, da publicação do artigo sobre a doença no Caderno de Saúde, do Ministério da Saúde e se tornou referência nacional.

O artigo traz discussões da política pública voltada para o controle do câncer de boca, crescente nos últimos anos no país. Segundo o especialista, fumantes e alcoólatras são mais propensos a terem a doença.

“A primeira medida é procurar um profissional da área e realizar uma avaliação preventiva. Lembrando que o tabagismo e o alcoolismo são os fatores que mais causam risco de ter a doença. Principalmente os pacientes que fumam ou bebem há mais de 10 anos“, fala.

O paciente Gorge Rodrigues da Silva, 56, apresentou quadro de câncer na boca em agosto de 2008 e, até maio deste ano, passou por tratamento no setor de Oncologia do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. A partir de agora, o paciente precisa voltar ao hospital a cada seis meses para ser avaliado. Gorge fumou por longos 36 anos, mas diz que parou de fumar há alguns anos.

“Eu realmente parei de fumar e beber, mas foi tarde demais. Se eu pudesse voltar no tempo com certeza não fumaria, tampouco beberia. No começo o jovem acha tudo muito bom, mas depois é que vem a realidade’’, conta Gorge.

Mesmo com o aparente desaparecimento do câncer, o paciente precisa ter cuidado para a doença não se manifestar novamente. “A vigilância tem que ser total até o resto da vida’’, explica a assistente social do Mário Gatti, Elizandra Lara Leite.

Pelo mundo, a incidência de câncer de boca é de cerca de 275 mil casos por ano e 130 mil para o câncer de faringe. No Brasil, no ano de 2010, foram detectados cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca.

Constatada preventivamente a doença, o especialista do Mário Gatti diz que as possibilidades de cura são bem maiores. “Com o trabalho de prevenção feito, as chances de cura são de até 90%”, afirma Eder.

Fonte: Itu.com.br

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